Cirurgia é indicada tanto para questões estéticas quanto para correção de deformidades traumáticas
A otoplastia, procedimento cirúrgico focado nas orelhas, vem ganhando popularidade não apenas por motivos estéticos, mas também para corrigir deformidades resultantes de traumas. “A otoplastia é uma cirurgia que pode mudar significativamente a vida do paciente, tanto em termos de autoestima quanto de funcionalidade”, explica o Dr. Wendell Uguetto, cirurgião plástico do hospital Albert Einstein em São Paulo.
Famosos como Alessandra Ambrosio, Brad Pitt e Kate Hudson já recorreram à otoplastia para corrigir imperfeições e assimetrias das orelhas. Embora a cirurgia seja comumente associada à correção das chamadas “orelhas de abano”, seu alcance é mais amplo. “Não é apenas uma questão estética”, ressalta o Dr. Wendell. “Também ajudamos pacientes que sofreram traumas e precisam de reconstrução da área.”
A cirurgia é indicada principalmente para indivíduos cuja autoestima é impactada pela aparência das orelhas. Para crianças, a avaliação inclui o impacto psicológico do bullying. “Antes de optar pela cirurgia, é fundamental que a criança passe por uma avaliação psicológica”, orienta o Dr. Wendell. Isso ajuda a garantir que a decisão pela cirurgia seja realmente benéfica e não uma reação impulsiva ao bullying.
O planejamento da otoplastia é detalhado e personalizado. “A cartilagem da orelha é remodelada e o excesso de pele é retirado, para que a orelha fique harmonizada com o rosto”, descreve o Dr. Wendell. A cirurgia é realizada com anestesia local e sedação, garantindo conforto e segurança ao paciente. Exames pré-operatórios são essenciais para garantir que o paciente está apto para o procedimento, especialmente para aqueles com condições médicas que podem afetar a cicatrização.
O pós-operatório exige cuidados específicos para garantir uma recuperação adequada. Dr. Wendell destaca a importância de seguir todas as recomendações médicas: “O uso de curativos, evitar sol, praia e piscina, e não praticar esportes que possam causar traumas são cuidados fundamentais”. Além disso, o uso de uma touca de compressão ao dormir e evitar dormir de lado ajudam na recuperação.
Para uma recuperação bem-sucedida, o acompanhamento pós-cirúrgico é crucial. “O primeiro retorno ao médico geralmente ocorre nas primeiras 48 horas para remover o curativo e ajustar o plano de recuperação”, conclui o Dr. Wendell. A adesão às orientações médicas e aos retornos agendados garante que os resultados sejam os melhores possíveis e que qualquer complicação seja rapidamente identificada e tratada.